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ABORL-CCF divulga orientações sobre o manejo de pacientes com distúrbios respiratórios durante pandemia

Devido ao contexto atual da pandemia, uma série de recomendações propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde devem ser respeitadas. Por conta disso, a Diretoria e o Departamento do Sono da ABORL-CCF compilaram as recomendações referentes aos exames de polissonografia (PSG), polissonografia para titulação laboratorial de CPAP e titulação domiciliar de aparelhos de pressão positiva (PAPs).

Em relação ao exame de polissonografia, é de fundamental importância que cada serviço avalie se já é momento de retorno às atividades do laboratório do sono, visto que há cidades no Brasil com mais infectados/habitantes do que outras. É louvável que o bom senso impere neste momento. Caso a realização de exames de polissonografia tipo 1 seja reconsiderada, recomenda-se que cada laboratório cumpra todos os cuidados de combate à infecção e minimização dos riscos para o paciente e para os profissionais envolvidos neste trabalho.

Dessa forma, sugere-se que seja realizado contato telefônico do laboratório de sono prévio ao exame, no intuito de colher informações pertinentes do paciente, tais como: saber se ele apresentou febre, tosse, dores de garganta, dores no corpo, anosmia súbita ou qualquer outro sintoma de Covid-19 nos últimos 14 dias; bem como saber se o paciente teve contato com pessoa suspeita ou com diagnóstico confirmado de Covid-19 nas últimas duas semanas. Em caso de resposta afirmativa para alguma dessas questões, o exame deverá ser suspenso e reagendado para uma data futura.

Caso as respostas aos questionamentos acima sejam negativas e o exame seja confirmado, ao chegar ao laboratório de sono, outro questionário deve ser realizado para saber se o paciente está, de fato, assintomático. Para tal, deve-se realizar aferição de temperatura e encaminhá-lo imediatamente ao quarto do exame.

Quanto ao técnico do laboratório de sono, este deverá utilizar material de proteção individual como máscara, óculos de proteção, avental descartável e luvas, além de realizar “checklist” depois de cada paramentação.

Em relação aos equipamentos utilizados, como sensores, oxímetros, cintas, cânula e termístor, devem ser higienizados com detergente enzimático ou detergente desinfetante hospitalar, ou ainda de acordo com as orientações dos fabricantes.

Se possível, recomenda-se também que o laboratório utilize um equipamento de polissonografia a cada 72 horas, tempo médio adequado para a inativação do vírus – segundo publicações prévias – considerando que o último paciente que utilizou o equipamento seja um portador assintomático.

Nos casos de polissonografia para titulação laboratorial de CPAP, recomenda-se que os exames realizados em laboratório permaneçam suspensos.

As titulações domiciliares podem ser consideradas, desde que sejam respeitadas as seguintes recomendações: o paciente deve, preferencialmente, realizar o exame de titulação domiciliar de PAP em quarto separado e com banheiro acoplado devido ao risco de transmissão aos familiares por aerossolização; a higienização de todos os equipamentos (polígrafo, máscara, traqueia) deve ser realizada ao término de cada noite de exame, utilizando água e sabão/detergente, bem como se deve secar todos os componentes ao ar livre sem contato direto com a luz solar e utilizar álcool a 70% na máscara e na traqueia.

Por fim, ao ser devolvido o equipamento à empresa que forneceu o serviço de titulação domiciliar de PAP, o filtro deve ser removido e descartado. Os mesmos cuidados de permanecer em quarto isolado (quando possível) servem aos pacientes que já utilizam o CPAP, bem como os cuidados de higienização.

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