Sou
PACIENTE

Curso sobre Reabilitação vestibular lotou auditório da ABORL-CCF

Curso sobre Reabilitação vestibular
lotou auditório da ABORL-CCF

Tatiana Guthierre, formada em 2005, veio de Brasília, DF, em busca de informações detalhadas sobre tratamento e terapia para reabilitação de pacientes que sofrem com tontura. Já Danilo Ferreira de Assis, se deslocou de João Monlevade, MG, em busca de alternativas para o tratamento de seus pacientes jovens e também idosos que ficam incapacitados de realizar as atividades mais corriqueiras.

Ao todo 89 otorrinolaringologistas, sendo 74 médicos inscritos e 15 expositores, de várias partes do Brasil lotaram o auditório da ABORL-CCF, nos dias um e dois de dezembro, para participar de uma verdadeira maratona de palestras, estudos de casos, baterias de exercícios e discussões sobre como proceder durante o processo de Reabilitação Vestibular. Segundo o Dr. Marco Aurélio Bottino, coordenador do curso, o primeiro dia foi reservado ao conhecimento do funcionamento dos sistemas de equilíbrio e sobre como conduzir a avaliação otoneurológica. Já o segundo dia do curso foi dedicado aos exercícios práticos aplicados a cada deficiência e à discussão de casos clínicos.

Os participantes também tiveram acesso a uma exposição exclusiva com equipamentos que podem auxiliar no diagnóstico desses distúrbios que acometem de 20 a 30% da população brasileira nas mais diversas fases da vida. “Os equipamentos evoluíram muito nesses últimos cinco anos. Os antigos eletrodos foram substituídos por modernas câmeras de vídeo, tornando os exames mais precisos”, acrescenta o Dr. Marco Aurélio Bottino.

Na área de exposição estiveram presentes, além das empresas de equipamentos, laboratórios que produzem medicamentos voltados para a reabilitação vestibular.

Mas, se os modernos exames comprovadamente auxiliam o diagnóstico, a solução para os sintomas como tonturas, desequilíbrios e quedas passa pela prescrição de exercícios corretos para cada tipo de transtorno. “Exercícios para olhos, cabeça e corpo estimulam a compensação vestibular e quando iniciados precocemente chegam a diminuir 50% o tempo de internação do paciente”, comenta o Dr. Mauricio Ganança que fez questão de ressaltar durante a palestra de abertura: “90% dos pacientes melhoram ou ficam completamente bons com exercícios após duas ou três semanas de prática”.

Para a Dra. Roseli S. M. Bittar, milagres não existem. Existem sim treinamento e dedicação do paciente que fazem toda diferença no prognóstico. Entretanto, o sucesso também depende da indicação correta dos exercícios que devem ser individualizados. “Se a bateria de exercícios não funcionou, é preciso rever a indicação”, conclui a especialista.

Segundo a Dra. Alessandra R. Venosa, palestrante, “nosso complexo sistema de equilíbrio permite que o labirinto capte informações e gere reflexos vestibulares e cervicais. Desde a infância, o cérebro cria verdadeiros mapas de equilíbrio para executarmos desde as atividades mais simples até as mais complexas”.

Já para o Dr. Mário E.Greters, palestrante, as sacadas hipométricas ou hipermétricas sem movimentos oculares de correção sugerem calibração deficiente do equipamento.

“A cada nova experiência do indivíduo, redes de neurônios são reorganizadas, sinapses são reforçadas e múltiplas possibilidades de respostas podem acontecer. Isso se faz pela plasticidade neuronal que permite a recuperação de funções comprometidas”, de acordo com declaração da palestrante, Dra. Roseli S. M. Bittar.

Também o palestrante Dr. Marco A. Bottino acha importante programar a reabilitação sabendo se o labirinto responde ou não a estímulos. “Fazemos a prova calórica que será complementada pela rotatória”, explica.

A Dra. Denise U. Gonçalves, palestrante, alerta para o aumento do número de idosos na população brasileira nos próximos anos: “Hoje os idosos representam 7% da população brasileira. Em 2050, este índice saltará para 23%. Haverá uma demanda muito maior para solução de problemas relacionados ao equilíbrio”, informa.

O Curso sobre Reabilitação Vestibular foi patrocinado pelas empresas Abbott Laboratórios, Apsen Farmacêutica, Contronic, Telex e Otometrics.

Depoimentos

 “Quero levar aos meus pacientes outros alternativas: acredito que os exercícios sejam mais eficazes no tratamento de tonturas e vertigens”.
Dr. Danilo Ferreira de Assis, participante.

“Muito se fala sobre diagnóstico, mas pouco se fala sobre o tratamento por meio de exercícios. Este é o primeiro curso que vi específico sobre a reabilitação”. Tatiana Guthierre, participante.

Login do ASSOCIADO

Eu concordo com as politicas de privacidade
Ler termos
plugins premium WordPress