Antes da abertura oficial da 14ª Reunião da Sociedade Brasileira de Otologia – Four Otology 2010, o Departamento de Otoneurologia da ABORL-CCF realizou seu 1º fórum, que teve o interesse de um grande público, maior até que o fórum de colesteatoma, realizado simultaneamente durante o evento. Entre os principais assuntos, destaque para vertigem e migrânea, ototoxicidade e otoproteção. Moderador de uma mesa redonda durante o fórum, Dr. Marco Aurélio Bottino comentou sobre a estreia do departamento nessa área. “Há um grande interesse do otorrino pela Otoneurologia, isso foi importante e no último mundial isso ficou mais caracterizado, mais forte, mas há algum tempo a otoneurologia vem ‘acontecendo’ porque houve um desenvolvimento nessa especialidade”, disse. A escolha dos assuntos abordados no fórum foi bem criteriosa e estiveram incluídos apenas tópicos de interesse geral dos espectadores. “Todos os assuntos foram selecionados, não só os da mesa redonda, bem como ototóxicos, problemas metabólicos, enxaqueca, que são as doenças mais comuns do dia a dia do otoneurologista, então nós direcionamos mesmo”, explicou Dr. Bottino.
Resgatar o interesse e atuação do otorrino na Otoneurologia é o desafio do departamento. Sua criação se deu como base primordial esse aspecto, o que se comprova na opinião do otorrinolaringologista Dr. Heraclius Serpa, que assistiu às palestras do fórum. “O otorrino trabalha há anos com Otoneurologia, o problema é que o número de profissionais é muito pequeno, e essa é uma especialidade em que ainda temos limites e disciplinas a seguir, e o problema é que você precisa de volume de pacientes para ganhar experiência, e para isso precisa de uma equipe disciplinar montada, normalmente num grande centro”, comenta. Para Dra. Juliana Antoniolli Duarte, é preciso integrar as especialidades cada vez mais. “É preciso integração com certeza, pois no dia a dia temos muita interação com a neurologia, mas acho que precisamos compreender isso e estudar mais”, diz.
Para os próximos meses, o departamento dará início aos cursos itinerantes em otoneurologia, como forma de emancipar os trabalhos e levar conhecimento aos associados.
