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Resumo de atividades promovidas no terceiro dia do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia

O terceiro dia do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial contou com 10 atividades promovidas nas cinco salas de aulas simultâneas. Destaque para temas relacionados à Defesa Profissional, em especial um painel que teve em pauta a “Lei Geral da Proteção de Dados e o que muda no dia a dia do Médico”. Com coordenação do Dr. Eduardo Baptistella e do Dr. Virgílio Batista do Prado, discutiu-se sobre os impactos para os profissionais da área médica com a entrada em vigor da LGPD, e o que é preciso fazer para se adaptar a essa nova realidade. Na oportunidade, a advogada mestranda em Direito Internacional e Comparado, Dra. Amanda Smith, abordou quais são os maiores riscos que a LGPD traz aos médicos; o secretário do Comitê de Defesa Profissional da ABORL-CCF, Dr. Alexandre Hamam, falou sobre como criar uma Política de Proteção de Dados na Clínica ou estabelecimento de Saúde; e a secretária geral do Conselho Federal de Medicina, Dra. Dilza Ribeiro, apresentou ações do CFM para adequação à LGPD.

Concomitantemente, na sala de Otoneurologia, Dr. Márcio Cavalcante Salmito coordenou uma palestra internacional ministrada pelo especialista australiano Dr. Ian Curthoys, tendo como tema: “Otólitos – da fisiologia aos testes clínicos”.

Também foram promovidas atividades na sala de Cirurgia Plástica da Face, com um painel sobre Rinoescoliose; na sala de ORL Pediátrica, com um painel sobre Técnicas Cirúrgicas em Orlped; e na sala de Medicina do Sono, que abordou o tema Sonoendoscopia.

Após o intervalo, seguiram-se os trabalhos com uma mesa redonda na sala de Otoneurologia que abordou Síndromes Somatopsíquicas e de Integração Multissensorial; enquanto na sala de ORL Pediátrica discutiu-se 

Sobre técnicas cirúrgicas; a sala de Medicina do Sono tratou de controvérsias; e a sala de Cirurgia Plástica da Face colocou em discussão a válvula nasal.

Simultaneamente, a sala ABORL-CCF trouxe um painel sobre foniatria, que discutiu os desafios no transtorno do espectro autista (TEA). Com coordenação do Dr. Gilberto Bolívar Ferlin Filho e palestras da Dra. Eliézia Helena de Lima Alvarenga e da Dra. Emi Zuiki Murano, foram abordadas questões como criança pequena que não fala, distúrbio alimentar no TEA e atualizações das intervenções no transtorno do espectro autista.

“Quanto mais cedo a criança for levada a um especialista, melhor. A estratégia mais indicada de avaliação é observar o comportamento, é preciso avaliar o campo sensorial e os outros sentidos que compõem todo o contexto da comunicação. Os atos motores também precisam ser analisados, assim como as questões cognitivas, bem como as expressões faciais. Há uma série de diagnósticos que podem ser indicados, tais como transtornos da linguagem, da comunicação social e do movimento esteriotipado; déficit de atenção, deficiência intelectual, Síndrome de Rett, mutismo seletivo e esquizofrenia estão entre eles”, resumiu Dr. Gilberto Bolívar Ferlin Filho.

De acordo com a Dra. Emi Zuiki Murano, são muitos os obstáculos a serem trabalhados. “É preciso adaptar o funcionamento da vida diária, aumentar o nível cognitivo e acadêmico, diminuir os maneirismos não funcionais e negativos, melhorar o brincar, o compartilhar e o comunicar – funcional e espontâneo. Ao se tratar o TEA, tem-se por objetivo otimizar o funcionamento global do indivíduo, torná-lo independente e melhorar a qualidade de vida. Para isso, o mais importante é o início precoce do tratamento e que ele seja promovido de forma multidisciplinar”, conclui a especialista.

Dra. Eliézia Helena de Lima Alvarenga lembrou que é importante dar atenção também ao adulto com transtorno do espectro autista. “Há um viés, uma lacuna que foi deixada por muito tempo em aberto e que precisamos cuidar, que são os pacientes há muito institucionalizados. Não são apenas as crianças que sofrem com o TEA e é preciso chamar a atenção para a necessidade de cuidar melhor desses casos também”, finalizou.

Nesta terça-feira, dia 24, os trabalhos serão iniciados às 19h, com temas relacionados à Laringologia, Otologia, Rinologia, ORL Pediátrica e ORL Geriátrica.

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